Sistemas de VRF são sistemas com grau de complexidade de funcionamento muito grande, pela presença de componentes e sistemas eletrônicos responsáveis por transmitir as informações de cada unidade evaporadora e controle de fluxo do fuido refrigerante.
Para o técnico profissional isso representa uma grande oportunidade, estar à frente da concorrência (os famosos penduradores de split e técnicos YouTube) se atualizando com as novas tecnologias. Um mercado de alto nível técnico exige maior preparo, que se reflete em escassez de mão de obra qualificada, levando em conta o potencial futuro e o número grande de equipamentos VRF já instalados pode se tornar um negócio mais seguro e lucrativo para o profissional e prestadores de serviço.
O primeiro VRF foi desenvolvido no Japão, pela Daikin. Tratava-se de um MultiSplit para edifícios comerciais de pequeno e médio porte. No Japão estima-se que 50% dos edifícios comerciais de médio porte e 33% dos de grande porte, utilizem esse tipo de sistema.
Mas qual o motivo dessa incrível dominância do mercado japonês e qual a situação do mercado brasileiro?
Primeiro é necessário entender como os sistemas de VRF funcionam. Tratam-se de sistemas MultSplit de expansão direta, ou seja, o próprio fluido refrigerante é responsável pela troca de calor no ambiente, mas o fator determinante para um sistema VRF é a presença de pelo menos um compressor de capacidade variável.
Para atingir esse propósito, é utilizado um componente eletrônico chamado inverter, que é responsável por transformar corrente alternada em corrente contínua, possibilitando a variação de frequência (traduzido em velocidade do compressor). Assim, o sistema passa de Ligado/Desligado para um sistema variável, possibilitando o controle, aumentando a estabilidade e principalmente diminuindo drasticamente o consumo de energia chegando a 55% quando comparado à equipamentos unitários.
O que isso significa para o mercado brasileiro?
De acordo com o 2° boletim econômico ABRAVA, para este ano de 2018 teremos 164 mil TRs de VRF instaladas, isso fica mais interessante quando contrastamos com as 62 mil TRs de 2010. Além disso, em 2010 VRF compreendia 13,4% do mercado, para esse ano é estimado 35,1%, um aumento de 261%!
Fonte: Guilherme Moreira – DEE Departamento de Economia e Estatistica da ABRAVA (http://abrava.com.br/?p=14839)