Localizar e reparar, efetivamente, pequenos vazamentos de fluidos refrigerantes em sistemas de refrigeração e ar condicionado são um processo caro e demorado para os refrigeristas.
Nos últimos anos, vários métodos têm sido utilizados para vedar essas fugas. Entre os mais comuns, está o uso de polímeros projetados para interagir com o oxigênio ou a umidade.
Nesse tipo de aplicação, as macromoléculas poliméricas são injetadas no sistema e, ao entrarem contato com o oxigênio atmosférico ou vapor de água em um local de vazamento, ativam a colagem nesse ponto e formam um selo sobre a área em contato com o ar.
No entanto, a introdução de polímeros em circuitos frigoríficos pode causar sérios problemas, incluindo a queima do compressor. Isso ocorre porque suas macromoléculas são, muitas vezes, maiores do que os elementos químicos do refrigerante e, portanto, acabam criando “obstáculos” que reduzem seu fluxo.
Enfim, polímeros são capazes de entupir os tubos capilares, mostrando que esse tipo de solução pode dar mais dores de cabeça do que muita gente imagina.
Por essa razão, uma norma da Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae 97) estabelece os procedimentos de teste para confirmar se um aditivo químico é compatível com o fluido frigorífico nas diferentes faixas de temperatura possíveis no ciclo de refrigeração.
Segundo o professor Oswaldo de Siqueira Bueno, os ensaios realizados em conformidade com a Ashrae 97 comprovam se um determinado material poderá ser usado num sistema de refrigeração e ar condicionado sem alterar as suas propriedades ao longo do tempo. “É uma garantia de que não haverá nenhuma reação química que venha a prejudicar a operação da unidade frigorífica”, resume.
Além da Ashrae 97, tecnologia da Spectronics atende aos requisitos da RoHS, diretiva europeia que proíbe o uso de substâncias químicas perigosas na formulação de produtos
Qualidade certificada
Lançada no início dos anos 2000 pela Spectronics, uma combinação de lubrificantes e aditivos livre de polímeros chamada Cool Seal – comercializada no Brasil como Tapa Fugas K11 – atende às especificações que constam do texto técnico da Ashrae e, portanto, não reage com o oxigênio nem com a umidade, ao contrário da maioria absoluta dos produtos similares vendidos no País.
Segundo o fabricante norte-americano, ele foi desenvolvido para selar microvazamentos em qualquer parte de um sistema de refrigeração e ar condicionado, como compressores, evaporadores, condensadores, O-rings, tubos de cobre ou alumínio, soldas, flanges e mangueiras.
Quando o produto é exposto a um ambiente onde há uma queda significativa de pressão e temperatura, uma vedação em forma de crosta começa a se formar sobre o ponto de fuga. Em seguida, o selante continua a se espalhar pela área externa do local de vazamento até terminar a vedação.
“Durante esse processo, nenhum selo é formado na parte interna do capilar”, ressalta o engenheiro mecânico Luca Baranzini Egydio, consultor técnico da importadora K11, lembrando que ele funciona com todos óleos e fluidos refrigerantes, incluindo sistemas com R-410A operados sob alta pressão.
“Além de reduzir os gastos com a reposição de gases que afetam o clima do planeta, essa inovação adiciona vida útil aos sistemas antigos que apresentam microvazamentos”, diz.
Para calcular esse limite, os refrigeristas devem pressurizar o circuito frigorífico com nitrogênio e aguardar 15 minutos, antes de aplicá-lo. “Se o sistema perder 15 psi de pressão nesse tempo, ou seja, 1 psi por minuto, em média, o aditivo não funcionará”, informa o departamento técnico da K11.
Apesar da concorrência desleal com produtos sem nenhuma espécie de certificação, as vendas do Tapa Fugas K11 seguem em ascensão no Brasil. Além da Ashrae 97, esse aditivo selante atende aos requisitos da RoHS [sigla em inglês para Restrição de Certas Substâncias Perigosas], uma diretiva europeia que proíbe o uso de substâncias como cádmio, mercúrio e cromo hexavalente, entre outros elementos químicos perigosos, em composição de materiais.
O produto também possui o PB-Lead Free, certificado que atesta a ausência de chumbo em sua formulação, assim como aprovações de fabricantes de fluidos frigoríficos e indústrias de equipamentos, como Whirlpool, Copeland, Carrier, Fujitsu, Embraco, Tecumseh, Emerson e Bitzer, entre outras marcas de reputação global.
“Sua aplicação é 100% segura, tanto para os sistemas de climatização e refrigeração, quanto para os profissionais da área e usuários finais”, arremata Luca Egydio.
Inovação adiciona vida útil aos sistemas antigos que apresentam microvazamentos, ressalta importador
Fonte: http://blogdofrio.com.br/tapa-fugas-k11-ashrae-97-rohs/